Vem... Bebe comigo este vinho que cintila como um diante, e mais ainda. E demos de beber ao narciso falador, pois, ébrio, não nos reconhecerá, nem verá o que faremos, e amanhã nada poderá contar sobre nós...
Vem... Desfrutemos os prazeres enquanto houver prazeres e antes que a vida nos prove do desejo. Se a aurora não nos acordar, nada nos acordará: nem riquezas, nem saber.
Vem... Libertemos nossas almas dos preconceitos. Vê a flor espalhar seu perfume no vale, ouve o pássaro no espaço cantar sua canção. Quem repreendeu a flor? Quem condenou o pássaro?
Quantas vezes obedecemos aos homens e desobedecemos ao criador do homens!
Deus quis que amemos quando criou o amor, e depositou a paixão em ti quando a depositou em mim. Sua vontade é sempre justificada. Que culpa, pois, tens se amas? Que culpa tenho se amo?
Deixa os censores e os moralistas repetirem suas mentiras e tolices. Pode o córrego cantar, e a flor, perfumar, e os pássaros, se acasalar, e não pode o coração – ele que é o coração – embriagar-se e amar?
Ilia Abu-Madi
|
2 Comments:
O poema que publicaste é simplesmente belo!
A vida... a verdadeira, tal como foi 'criada', sem 'espartilho' do Homem, é mesmo assim... solta e linda como as asas de uma borboleta!
E amor... o verdadeiro , deveria ser assim vivenciado!
Poeta árabe?
Sensibilizada pelo olhar poisado em 'fragmentos'!
Um beijo
P.S. Houve um tempo que apreciava 'Dido' pelas lembranças que me trazia...
PARABENS QUE DEUS CONTINUE ILUMINANDO SUA ALMA, PARE QUE VC CRIE E RECRIE SEMPRE ESTAS MARAVILHAS DE MENSAGENS VALEU /WENDER
Postar um comentário
<< Home