Cuidar da casa...(E de nós, como cuidamos?)
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Acho que, por ser a limpeza em geral aceita como o que vem imediatamente depois da santidade, as rotinas diárias medem-se por categorias de uma hora e meia de lavagem de pratos, uma hora e meia de lavagem de roupas, toalhas e lençóis, uma hora de limpeza da casa, duas horas de limpeza e preparação de alimentos, uma hora de autolimpeza, externa e interna, entrecortada por uma hora para descansar as costas, tudo isso somando oito horas do dia dedicadas à sujeira de ontem, com o receio de que ela se transforme na imundície de hoje e na doença de amanhã. E em todas essas oito horas dedicadas à limpeza de ontem, nenhum ato construtivo nem ganho na promoção do padrão de vida é realizado.
Acho que é preciso o “sétimo dia”, santificado pelo repouso, e boa dose de pregação, oração e canto de salmos, para manter uma mãe-dona-de-casa de bom humor, enquanto ela progressivamente renuncia ao seu potencial em favor das próximas gerações. *
*Buckminster Fuller, Ideas and Integrities, Collier Books.
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Concordando ou não com o autor,
uma coisa é certa: alguém tem que fazer!
Há outra alternativa?
Penso que não.
O máximo que podemos conseguir é a divisão nos papéis.
A inversão é difícil.
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