Sobre a Leitura,
"Não deixava, todavia, de estimar os exercícios com os quais se ocupam nas escolas. Sabia que as línguas que nelas se aprendem são necessárias ao entendimento dos livros antigos; que a gentileza das fábulas desperta o espírito; que as ações memoráveis das histórias o alevantam, e que, sendo lidas com discrição, ajudam a formar o juízo; que a leitura de todos os bons livros é qual uma conversação com as pessoas mais qualificadas dos séculos passados, que foram seus autores, e até uma conversa premeditada, na qual eles nos revelam tão-somente seus melhores pensamentos; que a eloqüência tem forças e belezas incomparáveis; que a poesia tem delicadezas e doçuras muito encantadoras; que as Matemáticas têm invenções muito sutis, e que podem servir muito, tanto para contentar os curiosos, quanto para facilitar todas as artes e diminuir o trabalho dos homens; que os escritos que tratam dos costumes contêm muitos ensinamentos e muitas exortações à virtude que são muito úteis; que a Teologia ensina a ganhar o céu; que a Filosofia dá meio de falar com verossimilhança de todas as coisas e de se fazer admirar pelos menos eruditos; que a Jurisprudência, a Medicina e as outras ciências trazem honras e riquezas àqueles que as cultivam; e, enfim, que é bom tê-las examinado a todas, mesmo as mais supersticiosas e as mais falsas, a fim de conhecer-lhes o justo valor e evitar ser por elas enganado." René Descartes - Discurso do método
"Aquele que quer viver de acordo com a natureza deve partir da visão do conjunto do mundo e da providência. Não é possível emitir juízos verdadeiros sobre os bens e sobre os males sem conhecer todo o sistema da natureza e da vida dos deuses, nem saber se a natureza humana está ou não de acordo com a natureza universal. E não se pode ver , sem a física, que importância (e ela é imensa) têm as antigas máximas dos sábios: “Obedece às circunstâncias!”, “Segue Deus!”, “Conhece-te a ti mesmo!”, “Nada em excesso!”, etc. Somente o conhecimento dessa ciência pode nos ensinar o que pode a natureza na prática da justiça, na conservação de nossas amizades e de nossos apegos..." Cícero, in Fins dos Bens e dos Males (III, 73)
"Se os mortais conseguissem dotar suas obras, suas ações e suas palavras de alguma permanência e retirar delas seu caráter perecível, então talvez essas coisas, pelo menos até certo ponto, penetrassem o mundo daquilo que sempre dura, e nele se fixassem e os próprios mortais talvez encontrassem seu lugar no cosmo, onde tudo é imortal, exceto os homens." Hannah Arendt
"A juba do leão, a espuma que escorre da goela do javali, e muitas outras coisas, se observamos detalhadamente, sem dúvida estão longe de ser belas no entanto, porque derivam do fato de terem sido engendradas pela natureza, são um ornamento e possuem encanto; se nos apaixonássemos pelos seres do universo, se tivéssemos uma inteligência mais profunda, sem dúvida, todos eles nos pareceriam criaturas agradáveis.
Mesmo em velhos e velhas, poderemos encontrar uma certa perfeição, uma beleza, como encontramos na graça infantil, se tivermos os olhos de um sábio." Marco Aurélio - Meditações
"As folhas caem, o figo seco substitui o figo fresco; a uva seca, o cacho maduro, eis, para ti, palavras de mau agouro! De fato, aí só existe transformação de estados anteriores em outros; não existe destruição, mas um arranjo e uma disposição bem regulados. A emigração não é senão uma pequena mudança. A morte é uma mudança maior, mas não vai do ser atual ao não-ser, e sim ao não-ser do ser atual. - Então, não serei mais? - Tu não serás mais o que és, mas outra coisa da qual o mundo precisará." Epicteto
"O primeiro e principal exercício, o que conduz de imediato às portas do bem, consiste, quando uma coisa nos prende, em considerar que ela não é daquelas que não nos podem se tiradas; que ela é como uma panela, ou uma taça de cristal, que quando se quebra não nos perturba porque lembramos o que ela é. O mesmo acontece aqui: se abraças um filho, um irmão ou um amigo, não te abandones sem reservas à imaginação... Lembra-te que amas um mortal, um ser que não é absolutamente tu mesmo. Ele te foi concedido para o momento, mas não para sempre, nem sem que te possa ser tomado..." Epicteto
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"A vida não dá nem empresta; não se comove nem se apieda... Tudo quanto ela faz é Retribuir e transferir... Tudo aquilo que nós lhe oferecemos." Albert Einstein.
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