Psy

"Só algumas pessoas escolhidas pela fatalidade do acaso provaram da liberdade esquiva e delicada da vida" "Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa, ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar" "Clarice Lispector"

23.8.08





Quem nos quiser amar agora terá de vir com calma,
terá de vir com jeito.
Somos um território mais difícil de invadir,
porque levantamos muros, inseguros de nossas forças
disfarçamos a fragilidade com altas torres e ares imponentes.

A maturidade me permite olhar com menos ilusões,
aceitar com menos sofrimento,
entender com mais tranqüilidade,
querer com mais doçura.

Às vezes é preciso recolher-se.

Quem quiser vir agora terá de ter paciência:
estamos mais ariscos, a pele é fina demais,
qualquer sopro pode abrir feridas no coração.

Fingimos dormir, muitas vezes;
outras rimos para que o sentimento não retorne:
aquele que nos deixou em êxtase e
nos jogou no poço de onde foi duro voltar.

É verdade que guardamos na gaveta
cristais transparentes e coloridos,
que nos iluminam a cara sempre que espiamos:
são as memórias, são os belos momentos,
são as palavras que eram verdadeiras
quando pronunciadas.

Mesmo assim, não custa dar um aviso, para que ninguém,
chegando perto, se machuque por nossa causa:
um dia voltamos, um dia conseguimos
um dia alguém nos desperta desse sono falso e
dessa fingida distância que nosso olhar,
mais vezes do que desejamos, acaba negando.

Lya Luft


1 Comments:

Blogger Leiteiro diz...

Oi Psytasya não consegi contacta-la atraves do Letras pois costarea de conseguir o Link da Eu só tenho um Caminho Do RC com aquele Por-do-sol com o rosto de JC. Espetacular este teu Blog, boas musicas, otimas imagens, lindas mensagens. Estes Por-dos-Sóis é só teu ou pode se compartilhado. Não me mate de inveja, tenha pena do velhilho. Obrigado pela musica do Rei, procurei-a muito!
O comentário sumiu derepente, estou re-enviando!
Leiteiro

5:56 PM  

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No amor, nem sempre são as faltas o que mais nos prejudica, mas sim a maneira como procedemos depois de as ter cometido. "Oví­dio"