A partir de recortes biográficos reais e ficcionais de pequenos e grandes personagens do mundo, Nós Que Aqui Estamos, Por Vós Esperamos narra a história do século XX. Com 95% de imagens extraídas de arquivos, o filme pretende discutir a banalização da morte e por correspondência direta, da vida.
Curiosidade: o título foi extraído do pórtico de um cemitério de uma cidade do interior de São Paulo. Vale a pena conferir o filme.
TÍTULO DO FILME: NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS (Brasil, 1998)
DIREÇÃO: Marcelo Masagão, responsável também pela produção, pesquisa e edição do filme ELENCO: não possui, utilizando-se apenas de imagens; 55 min. MÚSICA: Win Mestens Imagens editadas: http://www2.uol.com.br/filmememoria/person.htm
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Nós que aqui estamos por vós esperamos. De Marcelo Masagão.
Retrospectiva do Século XX.
Assisti à este filme em 1999, pela TV Cultura. Tocou-me profundamente, tanto que coloquei no papel as cenas que me sensibilizaram. Hoje, graças a internet, consegui reunir imagens (inclusive do filme) e compor, não na sua íntegra, claro, mas o suficiente para provocar em cada um de nós, um estado de reflexão sobre o mundo e a situação em que vivemos.
É tocante a sensibilidade do homem (Marcelo Masagão) que teve a “competência” de reunir os fragmentos da humanidade do Século XX e, sem palavras, nos mostrar a “história”, através da verdadeira imagem da história. Um filme impar que jamais esquecerei. Me faz crer que, na verdade, a história sempre se repete. Hoje, apesar de já termos sofrido (nós e nossos antepassados) todo o estrago de uma guerra, ainda há guerras. Penso que sempre haverá porque, no fundo, o homem foi e ainda é um dos seres mais inteligentes da terra, assim como o mais cruel, ambicioso, vaidoso e portador do maior poder de (1) criação ou destruição: a Idéia. Quem são os gênios deste novo século? As personificações de Hitler? Os criadores da história? Os soldados mortos que alimentam a guerra? Os civis mortos, sem fazerem a guerra? Os filhos da guerra? Os promotores da Paz? Os heróis? Os “João-ninguém”? Os revolucionários? As mulheres que transformam a história? As crianças que morrem de fome? Os excluídos do sistema? E o progresso? O que esperamos neste século? O que estamos fazendo para o equilíbrio (e manutenção) do ecosistema? Há uma certeza, porém... Nós, que vivenciamos a tudo isso, em breve, estaremos convosco, na mesma morada. Psy
( 1) Só alcança criar o que for capaz de destruir e reconstruir. O homem não cria a alma, embora se ache no direito de matar seu semelhante. Ele jamais devolverá a alma ao corpo uma vez que o tenha "matado".
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