Explicação Filosófica: Tao é a realidade Insondável, o Brahman Absoluto, a Divindade Transcendente, que, como tal, não é acessível ao nosso conhecimento finito. Tao, o Ser Ontológico, ultrapassa todo o nosso conhecer lógico. Só conhecemos a divindade Transcendente na forma de Deus Imanente. O nosso conhecer finito finitiza o Ser Infinito.
Tao é em si mesmo anônimo e inominável. Quando o nominamos, reduzimos a um plano finito o Infinito, relativizamos o Absoluto, parcializamos o Todo, colorimos o Incolor, personalizamos o Impersonal. O que se pode dizer e pensar não é a Realidade Absoluta, que é indizível e impensável. Através dos óculos da nossa finitude humana enxergamos a Infinitude Divina, visualizando-a assim como nós somos, mas não assim como ela é.
O ser e o existir, a Essência e a Existência, o Uno e o Verso constituem o Universo, a unidade do Real na Diversidade dos Realizados, que é a Realidade Total.
A plenitude do Todo nos afeta como sendo a Vacuidade do Nada - por excesso de Luz. A essência do Ser é para o nosso conhecer como se fosse o Nada.
Para nós, somente o Algo Existencial é objeto de conhecimento - o Todo Essencial é totalmente incognoscível, como se fosse o puro Nada. Toda a sabedoria consiste em evacuarmos essa Vacuidade, em nulificarmos essa Nulidade, não para enxergarmos o Todo da Essência, mas para sermos invadidos pelo Todo.
Em linguagem matemática diríamos: o "1" representa o Todo da Essência Infinita; o "0" simboliza o Nada da não-Essência; mas, se colocarmos o Nada da não-Essência do lado direito do Todo da Essência, resulta o algo da Existência: 10, 100, 1.000, etc.
O infinito gera do seio do Nada o Finito ou o Algo.
O Algo Existencial é filho do Todo Essência gerado no seio do Nada.
Brahman, o Pai Infinito, gera os mundos, pelo seio de Maya, Mãe de Todos os Finitos: 1.000.000. Os nossos algarismos, que costumamos chamar arábicos, tiveram origem na Índia; o "1" simboliza o masculino; o "0" representa o feminino, e da união desses dois nascem todas as Existencialidades.
Intuir essa Verdade é sabedoria suprema, diz Lao-Tsé. Sabedoria ou Sapiência não é Inteligência. Saber é saborear experiencialmente, intuitivamente, não é pensar analiticamente.
A ciência é o produto da inteligência – a sapiência é dádiva da razão.
A ciência vem do pequeno ego - a sapiência brota da Fonte do grande Cosmos, que no homem se revela como o Eu e flui pelos canais humanos, se esses estiverem devidamente desegoficados e firmemente ligados à Fonte cósmica. A cosmo-plenitude plenifica a ego-vacuidade. Texto: Huberto Rohden
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2 Comments:
Un bello blog pleno de sentimientos. Ah! Feliz dia do livro! Com retrasso mais bon voluntade. Un saludo! Josef.
UIIIIIIIIIIIIIII
Este texto tem de ser lido muitas vezes.
Para o poder entender, hoje pelo menos, não estou com cabeça para pensar sobre esta problemática.
Filosofia sempre foi uma das minhas paixões!
mas outra paixão é aprender a fazer estas postagens! ;P
bjs ternos da amiga
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