Amor são duas solidões protegendo-se uma à outra.
|
Que farás tu, meu Deus, se eu perecer? Que farás tu, meu Deus, se eu perecer? Eu sou o teu vaso - e se me quebro? Eu sou tua água - e se apodreço?
Sou tua roupa e teu trabalho Comigo perdes tu o teu sentido. Depois de mim não terás um lugar Onde as palavras ardentes te saúdem.
Dos teus pés cansados cairão As sandálias que sou. Perderás tua ampla túnica. Teu olhar que em minhas pálpebras, Como num travesseiro, Ardentemente recebo, Virá me procurar por largo tempo E se deitará, na hora do crepúsculo, No duro chão de pedra. Que farás tu, meu Deus? O medo me domina.
|
Quero viver como se o meu tempo fosse ilimitado. Quero me recolher, me retirar das ocupações efêmeras. Mas ouço vozes, vozes benevolentes, passos que se aproximam e minhas portas se abrem...
|
Como hei-de segurar a minha alma para que não toque na tua? Como hei-de elevá-la acima de ti, até outras coisas? Ah, como gostaria de levá-la até um sítio perdido na escuridão até um lugar estranho e silencioso que não se agita, quando o teu coração treme. Pois o que nos toca, a ti e a mim, isso nos une, como um arco de violino que de duas cordas solta uma só nota. A que instrumento estamos atados? E que violinista nos tem em suas mãos? Oh, doce canção.
|
O destino gosta de inventar desenhos e figuras. A sua dificuldade reside no que é complicado. A própria vida, porém, tem a dificuldade da simplicidade. No amor, sempre a amante ultrapassa o amado, porque a vida é maior do que o destino.
A sua entrega quer ser sem medida: esta é a sua felicidade. A dor inominada do seu amor, foi sempre esta: exigirem-lhe que limitasse essa entrega.
|
Imagens da Net.
|
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home