"Amar a um homem como a um deus e ser por ele adorada sobre todas as coisas".
Acredito que se o demônio falou com Eva, foi assim que se expressou. Foi o começo da sedução que se repete geração a geração - a mulher elogiando o seu homem, como se ele fosse um deus, incentivando sua fantasia e megalomania: "você é o deus da minha vida, por você tudo faço; seja o maior e o melhor entre todos os homens e brilhe no universo - mas em troca, adore a mim acima de tudo o que você tiver na vida e faça de mim sua deusa. Caso isso não aconteça um inferno - pensa em segredo - farei da sua vida um inferno".
Ai se desencadeia o processo infernal. A mulher quer exigir o impossível do seu amado. Primeiro que a adore acima de tudo, o que não dá resultado pois ele próprio, em muitos casos, está mais interessado em adorar a si mesmo.
E, admitindo-se que ele seja de fato uma pessoa afetiva, então adorará primeiro a Deus e gostará dela, no máximo, como um ser humano.
Outro fato é que a mulher espera do homem a perfeição absoluta e o apoio que só podem vir de Deus. Assim sendo, quando ele não corresponde (e isso acontecerá milhares de vezes) ela começa a cobrança que não é fácil de suportar.
No início de minha formação analítica, Dr. Keppe já me havia alertado que sempre existia um componente de forte inveja na conduta de prostitutas, e das pessoas muito erotizadas. Posteriormente, analisando melhor a conduta das mulheres que mantém casos amorosos com homens comprometidos ficou-me claro que elas assim o fazem, não por interesse afetivo ou até sexual, mas para não se apegarem à algo que não pudessem possuir.
Acho incrível que após quase dois milênios, não aprendemos a lição; a única forma de sermos felizes, gozarmos de boa saúde física e mental, de conseguirmos sucesso profissional, afetivo e social é amarmos a Beleza, Bondade e Verdade (Deus) acima de tudo, e ao próximo como a nós mesmos.
Cláudia Bernhardt Pacheco, Ph.D.
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