| Fotografia de Alan Riding.
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Desistindo de uma promissora carreira de economista, aos 29 anos Sebastião Salgado abraçou o universo da fotografia e, em pouco tempo, se tornou o mais prestigiado fotógrafo da atualidade. Fotografando sempre em branco e preto e principalmente reportagens sobre a condição humana e a social, costuma dedicar-se meses ou até anos para desenvolver um mesmo tema. Mineiro, é o único homem, e o sexto, entre nove irmãs. Formado em Economia em Vitória, no Espírito Santo, e pós-graduado na Universidade de São Paulo (USP), trabalhou no Ministério da Economia em 1968. Durante a ditadura militar, foi obrigado a exilar-se, indo morar, em 1969, em Paris. Na capital francesa, doutorou-se em Economia, em 1971. No mesmo ano, começou a trabalhar na Organização Internacional do Café, como consultor no controle de plantações na África. Foi estudando os cafezais africanos que descobriu as possibilidades da fotografia: melhor meio de retratar a realidade econômica do que textos e estatísticas.
Retornando a Paris, em 1973, iniciou a vida como fotojornalista. Suas primeiras reportagens, como free lance, foram sobre a seca na região africana de Sahel (faixa ao sul do Saara) de Níger e trabalhadores imigrantes na Europa. Entrando para a agência Gamma (1974), realizou uma série de imagens sobre a Revolução dos Cravos em Portugal e a guerra civil em Angola e Moçambique. Na agência Sygma (1975-1979), viajou por mais de 20 países da Europa, África e América Latina, cobrindo vários eventos. Em 1979, tornou-se membro da Magnum Photos, uma cooperativa de fotógrafos, fundada em 1947 por Robert Capa e Henri Cartier-Bresson, entre outros. Iniciou então a comovente série de fotografias documentais sobre camponeses na América Latina. O trabalho, que durou sete anos, resultou no livro Autres Ameriques (1986). Em 1986, trabalhando para a Organização Humanitária Médicos sem Fonteiras, fotografou, durante 15 meses, os refugiados da seca e o trabalho dos médicos e enfermeiros voluntários na região africana de Sahel da Etiópia, Sudão, Chade e Mali, o que resultou no livro Sahel – L'Homme en Détresse. A série Workers, sobre trabalhadores em escala mundial, realizada de 1987 a 1992, correu o mundo em exposição. Sebastião Salgado recebeu praticamente todos os principais prêmios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, “a Imagens da Amazónia” , que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua esposa Lélia Wanick Salgado vivem atualmente em Paris, autora do projecto gráfico da maioria de seus livros. Amazonas Images, a agência de notícias de Sebastião Salgado |
2 Comments:
Oi Psy! Estou passando pra te dizer que o seu blog foi indicado para o Prêmio Dardos. Passe lá no Narrativas e dê uma conferida.
Um abração e obrigado pelas lindas postagens!
Obrigada!
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