Psy

"Só algumas pessoas escolhidas pela fatalidade do acaso provaram da liberdade esquiva e delicada da vida" "Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa, ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar" "Clarice Lispector"

28.5.08













Na vida, chega um momento - e penso que ele é fatal -
ao qual não é possível escapar, em que tudo é posto
em causa: o casamento, os amigos,
sobretudo os amigos do casal.

Tudo menos a criança.
A criança nunca é posta em dúvida.
E essa dúvida cresce à sua volta.
Essa dúvida, está só, é a da solidão.
Nasce dela, da solidão.
Podemos já nomear a palavra.

Creio que há muita gente que não poderia
suportar o que aqui digo, que fugiria.
Talvez seja por essa razão que nem todos
os homens são escritores.
Sim.

Essa é a diferença.
Essa é a verdade.
Mais nada.
A dúvida é escrever.
É, portanto, também, o escritor.
E com o escritor todo o mundo escreve.
É algo que sempre se soube.

Creio também que sem esta dúvida primeira
do gesto em direcção à escrita não existe solidão.
Nunca ninguém escreveu a duas vozes.
Foi possível cantar a duas vozes,
ou fazer música também, e jogar ténis,
mas escrever, não.
Nunca.

Marguerite Duras










Não é possível a amizade
quando dois silêncios não se combinam.

Mário Quintana






1 Comments:

Blogger belakbrilha diz...

Olá Minha amiga!
Há quanto tempo eu não venho aqui, aqui ou a qualquer outro lugar!

Ao meu desde o dia 13 de Maio!

Até as palavras se zangaram comigo!

Não é possível a amizade quando 2 silêncios não se combinam!...Mário Quintana sempre soube ler a alma humana!

beijos daqui...este espaço está lindo e acolhedor como sempre!

Luísa

4:37 AM  

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No amor, nem sempre são as faltas o que mais nos prejudica, mas sim a maneira como procedemos depois de as ter cometido. "Oví­dio"