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A jornada
Das trevas viemos, viemos do mar Onde a longa onda quebrou na praia Quando o dia nasceu e a noite se retraiu Aí estávamos, na terra que chamaríamos de lar.
Das trevas viemos, viemos da noite A primeira de muitas manhãs nesse lugar novo Quando o sol dissipou o nevoeiro Crescemos como uma grande onda na terra Agora somos a gente desse lugar.
O que arde através da chuva e da névoa? O que afugenta a escuridão? O que torna as crianças boas e inteligentes? O que dá forma às montanhas?
O sol é nosso Senhor e Pai. Face radiante na porta do dia Conforto do lar da criação e plantação.
Senhor das manhãs, Senhor do dia Elevando nossos corações Cantamos em seu louvor Dançando em seus raios redentores. |
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Caoinedh (Chu Chulainn)
Chu Chulainn morreu Nosso grande Chu Chulainn. Era um escudo de bronze, um muro de pedras. Agora é uma réstia de luz, um vigia em lugar estratégico Uma pedra no rio.
Era o sol da manhã, uma fogueira na noite. Era uma história poderosa, um relâmpago na floresta, uma tempestade repentina, uma vida curta.
Trovoada. Raios e trovões castigam as rochas bramidos de vento e tempestade errompem na floresta. Espalham os rebanhos como grãos. O fogo corta a escuridão. Medo e fúria vão atrás dele.
Não vamos nos abater. Não seremos pisados como grãos. |
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Shivna
Sou Sweeney, órfão perdido Era a terra e a terra era eu. Alto e ereto andava pelo mundo, mas o sino e a cruz acabaram com meu conforto. Esfarrapado e machucado vôo de galho em galho. Espinhos me flagelam. Não tenho paz nem de noite nem de dia. |
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O despertar americano Nenhuma vida é para sempre. Plantamos e lutamos aqui Amamos e morremos aqui. Onda após onda o amar do tempo quebra em toda praia.
Vimos a fumaça da guerra levantar de nossas plantações. Uma mancha no sol, A colheita míngua. Os ossos da fome andam pelas estradas alagadas na chuva negra da ruína.
Gerações inteiras batem em retirada.
O solo nos decepcionou, Soldados vêm contra nós Com danças e canções. Velamos nossas crianças. Elas nos levam pelos mares em danças e canções. |
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O porto do novo mundo
Madrugada... Os barcos partem O pesar dos amantes paira na maré corações jovens demais para a tristeza se partem.
O oceano cruel é fundo, escuro e enorme.
Confortando os corações Da noite viemos, viemos do mar numa nova praia.
Luzes brilham na escuridão... Sem mãe, sem pai arrancados de nossos lares trazemos lágrimas à terra que devemos fazer nossa.
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A dança Alta e ereta Minha mãe me ensinou: É assim que dançamos. Alto e ereto Meu pai me ensinou: É assim que dançamos.
Batendo os pés nas ruas da cidade em réstias de luz nas esquinas, o fulgurante e orgulhoso carnaval dos pobres. |
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Manhã Macedônica
Sobre os telhados o chamado da música. O ar familiar mas não o nosso.
Como algo saído de um livro de histórias alguém dançando à lembrança da neve.
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O lar e o lugar do coração
E afinal, a lua sobre a cidade e a floresta é igual em todo lugar. No velho mundo praleia as plantações, como faz aqui.
Os rios de todos os lugares correm para o mar e, em toda parte a terra vive do rio.
Amanhã o sol nascerá em planícies douradas. Meu coração vai te curar Aqui nessa nova terra.
Elevo minha cabeça. O novo passo forjado na memória do antigo.
Tudo é uma jornada de uma terra para outra, de uma vida para outra.
Refazendo-nos sempre sob o mesmo sol e lua. Uma geração depois... Esse filho de imigrantes pisa, pela primeira vez, no velho mundo. Familiar mas estranho.
Um pássaro espalha música nas montanhas... Lembrança rica em canções O coração volta pra casa.
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Desconheço a autoria dos textos. Imagens da net |
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