Psy

"Só algumas pessoas escolhidas pela fatalidade do acaso provaram da liberdade esquiva e delicada da vida" "Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa, ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar" "Clarice Lispector"

28.6.06

Maturidade


Brahma Kumaris
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Maturidade é o poder de controlar a raiva e de resolver problemas sem violência e destruição.
Maturidade é paciência.
É disposição para abrir mão de um prazer imediato com vistas a uma vantagem a longo prazo.
Maturidade é perseverança.
É empenhar-se fundo em um trabalho, a despeito da oposição dos contratempos desalentadores.


Maturidade é abnegação.
É atender as necessidades alheias.
Maturidade é a capacidade de enfrentar o desagradável e a decepção,
sem se tornar amargo.

27.6.06

Fragmentos de um discurso amoroso

de Roland Barthes
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"Encontro pela vida milhões de corpos;
desses milhões posso desejar centenas;
mas dessas centenas, amo apenas um.
O outro pelo qual estou apaixonado
me designa a especialidade do meu desejo.




(...) Foram precisos muitos acasos, muitas coincidências
surpreendentes (e talvez muitas procuras) para
que eu encontre a Imagem que, entre mil,
convém ao meu desejo. Eis um grande enigma do qual
nunca terei a solução: por que desejo Esse?
Por que o desejo por tanto tempo, languidamente?...




Como termina um amor? - O quê? Termina?
Em suma ninguém - exceto os outros - nunca sabe disso;
uma espécie de inocência mascara o fim
dessa coisa concebida, afirmada,
vivida como se fosse eterna.
O que quer que se torne objeto amado,
quer ele desapareça ou passe à região da Amizade,
de qualquer maneira, eu não o vejo nem mesmo
se dissipar: o amor que termina se afasta
para um outro mundo como uma nave espacial
que deixa de piscar: o ser amado ressoava como um clamor, de repente ei-lo sem brilho (o outro nunca desaparece
quando e como se esperava).
Esse fenômeno resulta de uma imposição do discurso amoroso: eu mesmo (sujeito enamorado) não posso construir até o fim de minha história de amor: sou o poeta (o recitante apenas do começo);
o final dessa história, assim como a minha própria morte,
pertence aos outros; eles que escrevam romance,
narrativa exterior, mítica."


23.6.06

Liberdade

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Somos donos de nossos atos,
Mas não somos donos de nossos sentimentos.
Somos culpados pelo que fazemos,
Mas não somos culpados pelo que sentimos.
Podemos prometer atos,
Não podemos prometer sentimentos...
Atos são pássaros engaiolados.
Sentimentos são pássaros em vôo". (Rubem Alves)





Só mesmo o tempo pode revelar
O lado oculto das paixões
O que se foi e o que não passará
Inesquecíveis sensações
Que sempre vão ficar pra nos fazer lembrar
Dos sonhos, beijos, tantos momentos bons..." (Tunai)




Lembrar e não sofrer
Querer e não se perder
É a liberdade de sentir e não se ferir. (Psy)

22.6.06

Sinto Saudades


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"O melhor doce do mundo é
um ser humano
caloroso,

vibrante, que não acaba:
VOCÊ!" (Léo Buscaglia).



Eu tenho saudades de tudo que
marcou a minha vida...
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei, ou sequer ouvi falar...
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou vir a ter, se a arte do encontro
permitir...


Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo,
lembrando do passado e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro, que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei,
de quem disse que viria e nem apareceu;
de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram
e de quem não me despedi direito;
daqueles que não tiveram como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre;
de coisas que eu tive e de outras que não tive mas quis muito ter;
de coisas que nem sei que existiram mas que se soubesse,
decerto gostaria de experimentar;
Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente,
como só os cães são capazes de fazer,
dos livros que li e que me fizeram viajar,
dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade;
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que,
não sei aonde,
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é
e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo
saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês,
mas que minha saudade, por eu ter nascido brasileira,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente, quando estamos desesperados, ou
para contar dinheiro, ou fazer amor ou declarar sentimentos fortes,
seja lá em que lugar do mundo estejamos.
Eu acredito que um simples "I miss you",
ou como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força
e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima, corretamente,
a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas.
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar
todas as vezes em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor do que um sinal vital
quando se quer falar de vida e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis, de que
amamos muito do que tivemos e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...
Sinto saudade. Logo, estou viva... (
Desconheço a autoria)

12.6.06

Corrente Pra Frente





Clica na imagem para ver o desenho animado.

A TV Globo bem que poderia comprar também (com exclusividade) os direitos de exibição do desenho nos intervalos dos jogos e durante toda a Copa.
(Quem sabe assim, a rotina dos comerciais
deixaria de ser tão ridícula e fútil).
Olha a "alienação" ai, "Gente".
O Marketing e o "Capitalismo" agradecem!
Já que agora não estamos mais preocupados com os políticos corruptos, os criminosos impunes, os bárbaros sem julgamentos, os idosos morrendo sem médicos, as crianças nas ruas roubando, matando e morrendo.
Até porque esse não é o momento de falar da realidade do país, afinal a Copa é
um evento milionário, que acontece a cada quatro anos. Não podemos desviar as
nossas atenções, energias e vibrações para nada... Nada é tão importante neste
momento do que o Brasil ser campeão.
Para que tanta pressa?
Afinal, teremos o resto do ano (quem sabe até uma geração inteira) para ver,
pensar e se indignar com essas coisas.
Viva o Brasil!
Viva os jogadores!
Viva a bendita Rede Globo que, por ser a melhor e a única, se achou (e deram-lhe)
O direito de ser a única emissora pública a transmitir os jogos da Copa.
Poderosa!
(fala sério).
Isso deixou de ser esporte. Virou empresa publicitária, especializada em
estratégias, não de jogo, mas de marketing e poder.

O sol nasceu para todos!
Brilhe! Mas jamais tire o direito dos outros também mostrarem o seu brilho!
(kkkk) Só belas frases!

Na prática, é assim: eu posso!´(posso não ser o melhor)
Mas posso comprar o seu direito de tentar ser.

6.6.06

Lenda









Sou Lenda,
porque as lendas são envoltas
em mistérios e magias.
São uma criação dos caminhos da mente,
a vaga imaginação,
da libertação dos silêncios da alma...

Sou Lenda,
porque as lendas
correm livres
junto ao vento,
buscando as vozes da memória
para que alcancem,
as histórias perdidas no tempo...

Sou Lenda,
pelo desejo incontido que há em mim,
de tornar possível
o encontro entre a lua e o sol.
diminuindo o entrave da dor...


Então, sendo Lenda
posso cavalgar pelos sonhos,
velejar pelos mares de sua saudade,
passear solta pelo seu pensamento...

Sendo Lenda,
posso brincar na sua alegria,
ser parte da sua emoção,
e caminhar,
tranqüila, pela sua ilusão...

Sendo Lenda,
posso escrever meu nome em sua vida,
e me instalar no aconchego do seu coração,
como uma sensação
chegando pelo perfume do ar...

Sendo Lenda
posso ser parte de você,
sem você perceber...

(Debora Bottcher)







2.6.06

Meu Anjo

ouvindo


Um anjo vem todas as noites:
senta-se ao pé de mim, e passa
sobre meu coração a asa mansa,
como se fosse meu melhor amigo.

Esse fantasma que chega e me abraça
(asas cobrindo a ferida do flanco)
é todo o amor que resta
entre ti e mim, e está comigo.

Lya Luft

1.6.06

Um Querer Feminino

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Ando exausta.
Sinto dentro de mim que quero paz. Paz das plantas. Paz de criança dormindo.
Quero um homem que vele pelo meu sono, tire carinhosamente os meus sapatos, me
leve mansamente para a cama e me cubra com o mesmo carinho de uma mãe com seu
bebé. Quero que ele traga chá quente para me aquecer por dentro e ache graça no
meu nada-fazer.
Quero um quarto macio e cor-de-rosa, com cortinas românticas nas janelas, para
filtrar a luz forte e penetrante do dia. Quero que ele me dê banho de banheira e
não puxe pela minha cabeça. Nada de conversas intelectuais.
Na realidade, não quero nem que ele me diga palavras mansas de amor apaixonado.
Não quero ser desejada fisicamente.
Quero apenas a presença dele, discreta e silenciosa.
Que fique ali, fazendo as suas coisas e contemplando, com olhar doce e sem
súplica, a minha quietude.
Quero ruminar como um boi manso olhando a imensidão do pasto.
Assistir à televisão sem som, como se assiste às labaredas de uma lareira.
Quero o amor do meu homem, seu sexo em ereção por mim, mas sem que me solicite
nada.
Que seu coração emocionado e seu sexo desejante não me invadam o corpo ou me
penetrem a alma.


Eu o quero disponível, ali, para a hora em que eu o desejar.
Quero que não se magoe por nem sempre eu estar disponível para ele.
Que seu sexo pertença ao meu corpo como um dedo de minha mão, mas que não me
pressione.
Quero que ele sinta o meu amor e o meu desejo por ele.
Quero ser vista como uma princesa, e que seus olhos fiquem mansamente
embevecidos por me ver assim.
Ah, se ele pudesse me entender nesse meu temo deleite! Ah, se ele pudesse ser um
manso regaço para a minha exaustão!
Estou exausta até de amar e ser amada, de desejar e ser desejada.
Que bom se ele pudesse viajar comigo em busca de paz!
Sei que estou pedindo muito, mas não quero isso para sempre.
É só por algum tempo, como alguém que precisa dormir para despertar com novas
energias.
Preciso passar só uns dias nos jardins do Éden, comendo os doces frutos do
paraíso.
Quero uma pausa nos orgasmos do corpo e dos sentimentos.



Quero repouso no êxtase.
Ele nem imagina como seria maravilhoso se pudesse me acompanhar nessa viagem,
mansamente e cheio de prazer.
Ele me veria repousada e saciada da minha fome de paz. E presenciaria o meu
amanhecer, cheio de genuína gratidão e encantamento por ele. Desse sono
reparador eu sairia restaurada. Ele então veria uma dança espanhola possuir meu
corpo, castanholas marcarem a minha cadência, a potranca árabe que trago em mim
entrar no cio. Eu voltaria, de corpo e alma, para o lindo universo da paixão.
Meus sentimentos e desejos entrariam em erupção.
Minha cabeça, num cio intelectual. Eu recuperaria todo o meu gosto pêlos
prazeres masculinos - até ao futebol eu iria. Mas que ele vivesse, pelo menos
durante um tempo, os meus prazeres femininos. Tão femininos que nem são próprios
da mulher adulta. Um prazer pré-sexual, pré-emocional, pré-amoroso. A sensação
de ser criança pequena aconchegada nos braços tranquilos da mãe. Todo um clima
de bonança tão necessário a quem navegou nas tempestades.

Ah, se o homem soubesse disso, quanto prazer ele não seria capaz de extrair de
sua mulher!
Quantas noites de amantes enlouquecidos ele não viveria!
Se o homem pudesse arejar o seu vigor masculino, deixando penetrar em suas
brechas as brisas femininas...
Que sua renúncia transitória à busca aflita de encontros pudesse deixar nele
a certeza de que encontros rejuvenescidos não tardariam a vir.
Estou convencida de que muita mulher jamais se entregou a seu parceiro porque
ele jamais se entregou a ela. O masculino não soube enxergar o feminino nas suas
formas mais extremas, de puro deleite de sensações plácidas. Desgraçadamente,
essa necessidade feminina é vivida pelo homem como rejeição, frigidez, recusa e
desamor. Por isso, tantos garanhões de raça não conseguem despertar a potranca
puro-sangue que sua mulher recolhe nas entranhas.

Extraído do livro: A costela de Adão - Eduardo mascarenhas.
Texto de Autoria Desconhecida.



Mudanças



As árvores nunca ficam paradas.
Elas florescem e depois perdem as folhas.
As marés sobem, depois descem.
Às noites, seguem-se os dias, que se transformam em noites.
A vida é um ciclo constante de mudanças e do que ainda vai mudar.
E, somos parte de tudo isso.
Nós estaremos aqui por um tempo mas, só até que este tempo termine.
Nós só temos esse tempo para deixar as marcas pelas quais queremos ser
lembrados.
Deveríamos perceber que nós somos tão importantes quanto as nuvens, as marés e
as estações.
Nós temos nosso lugar e devemos fazer a nossa parte da melhor maneira possível
no ciclo contínuo da vida!

Rhoda-Katie Hannan


Wild Daisies

Image Title: Wild Daisies By: Eb Mueller

O Início


Não entendo muito bem (ainda) desse negócio de Blog. Acho legal os bolg´s que tenho visitado. Por curiosidade (e vontade), resolvi criar um, assim posso aprender a "manusear" esse tal de Blog. Vamos ver no que vai dar!

No amor, nem sempre são as faltas o que mais nos prejudica, mas sim a maneira como procedemos depois de as ter cometido. "Oví­dio"